Atividades físicas ao ar livre: mais saúde também para a cabeça

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Estudos apontam que exercícios regulares, como 15 minutos de corrida ou uma hora de caminhada, reduzem riscos de problemas como a depressão

Atividade ao ar livre

Depois do momento sagrado da sua atividade física, você posta o famoso “tá pago” lá nas redes sociais. Amigos e familiares curtem seu post e te parabenizam por cuidar da saúde – ou seja, mexer o corpo e evitar problemas como colesterol alto, sobrepeso, hipertensão, perda de força muscular, entre muitos outros. Alguns elogiam a beleza de um corpo em forma – o que também é muito bem-vindo, vamos admitir! Mas o que a maioria talvez não saiba – e você, também não – é que ao cuidar do corpo, você está preservando também sua saúde mental, não apenas física. Estudos científicos apontam essa estreita relação e pesquisa recente indicou inclusive que 15 minutos de corrida ou uma hora de caminhada podem reduzir em 26% o risco de depressão.

“Do século 19 para o século 20, alguns pesquisadores começaram a observar mais de perto essa ligação entre mente e corpo, porque perceberam que não só quem tinha algum tipo de deficiência intelectual em geral apresentava algum déficit motor, ou seja, dificuldade nos movimentos, como o contrário também acontecia: as pessoas muito sedentárias acabavam ficando mais sujeitas a problemas psicológicos, que é o que temos visto muito no século 21”, explica André Aroni, professor de Educação Física do Centro Universitário UniMetrocamp e consultor na área de psicologia. “O movimento faz com que esse ‘diálogo’ entre corpo e cabeça – a parte central onde as decisões e emoções acontecem – encontre um equilíbrio, aumentando o bem-estar”, diz. “Praticar esportes ao ar livre, ir para o parque tomar um Sol, espairecer um pouco, tudo isso é muito importante para a saúde mental”.

De acordo com o professor, a pandemia ressaltou ainda mais essa necessidade, com as restrições de circulação, isolamento social e home office, mas a vida contemporânea já trazia mais desafios para a maioria das pessoas. “Com toda a tecnologia, os avanços, as exigências profissionais e o tempo reduzido, grande parte da população já sofria muito as consequências físicas da rotina sedentária, e agora está também experimentando distúrbios mentais como fobias, depressão, irritação, transtornos de humor”, revela André Aroni. “E embora ainda seja um recorte de tempo pequeno para falarmos em uma análise da sociedade, percebemos que são questões que estão aparecendo sim em maior volume, especialmente porque muitos estão precisando lidar com fatores que intensificam as emoções negativas, como as dificuldades financeiras”, acredita. ”Por outro lado, temos uma maior reflexão sobre a importância de cuidar também da saúde integral”.

Mas como encontrar a atividade física ideal? “Eu sempre sugiro que a pessoa escolha algo que dê prazer a ela, porque assim aumentam as chances de conseguir praticar sempre, não apenas por um tempo, cada um deve buscar o que mais se identifica”, aconselha o professor do Centro Universitário UniMetrocamp. “Para uns, é a academia, para outros, pilates, alguns preferem determinados esportes, andar de bicicleta, caminhar ou correr, o importante é consultar um profissional de educação física para a correta orientação das práticas”, aponta Aroni. “É interessante ainda fazer um checkup – que a partir dos 25 anos deveria ser anual – sobre as condições cardiorrespiratórias, além de buscar um fisioterapeuta em situações específicas”, recomenda. “Qualquer um pode se beneficiar do exercício, mas é preciso verificar caso a caso o que se adequa, às atividades aquáticas, por exemplo, podem ser mais recomendadas para quem precisa de impacto reduzido nas articulações”.

O professor André Aroni enfatiza ainda que a saúde do corpo e da mente é resultado de uma combinação importante de fatores. “Por mais desafiador que seja, é fundamental buscar o equilíbrio entre o trabalho, vida social e exercícios, complementando com uma boa nutrição e descanso, nada se consegue somente com atividade física se a alimentação e o sono não acompanharem os novos hábitos”, reforça. “Em compensação, seguindo esses pilares eu acredito que é possível, dentro de um tempo médio de três a seis meses, recuperar bastante a saúde e atingir maior equilíbrio”, conclui. 

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