Você já parou para refletir sobre o que é empatia? Essa habilidade atua como chave em nossos relacionamentos sociais, fortalecendo vínculos. Mas, como desenvolver empatia?
Uma pessoa pode ser naturalmente empática, enquanto outra pode apresentar falta de empatia. Essas duas situações podem ocorrer, muitas vezes, devido ao contexto social em que o indivíduo está inserido. Nesse sentido, para saber mais sobre o que é e como desenvolver empatia, continue acompanhando este artigo.
O que é empatia?
O conceito de empatia é definido pela capacidade psicológica que permite a compreensão do que as outras pessoas estão sentindo ou pensando. A palavra origina-se da fusão das palavras gregas: in – para dentro; e pathos – sentimento. Ou seja, empatia significa a habilidade de trazer para si o sentimento do outro, compreendendo-o.
Como qualidade humana, a empatia encontra-se no espectro da inteligência emocional. Portanto, é uma característica que pode, sim, ser desenvolvida tanto no contexto pessoal quanto, e principalmente, no ambiente de trabalho.
Quais são os 3 tipos de empatia?
Partindo da empatia como um elemento da inteligência emocional, os psicólogos Daniel Goleman e Paul Ekman indicam a existência de três níveis de empatia. Confira a seguir quais são eles.
Empatia cognitiva
Está associada ao conceito mais comum de empatia: o de se colocar no lugar do outro. A empatia cognitiva diz respeito à capacidade de compreender os sentimentos e pensamentos da outra pessoa.
Também denominada como tomada de perspectiva, esse tipo de empatia pode ser aplicada como fator motivacional, argumentativo e até mesmo para desenvolver uma boa comunicação.
Empatia emocional
Esse tipo de empatia compreende a partilha de sentimentos e emoções construindo uma conexão emocional com o outro. Dessa forma, quando você sente empatia emocional, a sensação chega a ser física.
A empatia emocional envolve estar em sintonia com a outra pessoa, o que exige controle sobre sua própria emoção. Essa empatia é, portanto, uma das mais difíceis a ser desenvolvida.
Empatia compassiva
Em muitos casos, para exercer a empatia, não basta apenas você pegar para si o sentimento do outro. É preciso, além disso, tomar uma atitude e é aqui que entra a empatia compassiva.
Por meio dela, portanto, você se mostra disponível para tomar uma ação em prol de ajudar aquela pessoa pela qual você sentiu empatia.
O que caracteriza a falta de empatia?
Saber como desenvolver a empatia inclui conhecer quais são as características de alguém que apresenta falta de empatia. Afinal, identificar a presença dessas características em si mesmo pode ser um passo para mudá-las e, consequentemente, tornar-se mais empático (a).
Dessa forma, alguns sinais de falta de empatia podem ser percebidos principalmente em pessoas que se preocupam apenas consigo, sem ligar para os problemas dos outros, por exemplo. Aqui, conceitos como egocentrismo e narcisismo também podem se fazer presentes.
Outro ponto comum entre pessoas que apresentam falta de empatia é a inadequação comunicativa. Ou seja, a pessoa não se importa muito com as consequência do que e do modo como diz as coisas. Desse modo, o chamado “filtro comunicativo” parece não funcionar muito bem, gerando desconforto para as pessoas com quem está se comunicando.
Por fim, práticas sociais como rotulação e relações superficiais também caracterizam pessoas com falta de empatia. Em seu mundo, tudo faz muito sentido se for de acordo com as experiências que vive e com o que pensa. Assim, considerando que essas pessoas vivem para si, a construção de estereótipos marcados e preconceitos torna-se algo comum no seu dia a dia.
Já quanto às relações sociais, uma pessoa com falta de empatia não se entrega totalmente e de modo sincero no relacionamento com outras pessoas. Afinal, suas próprias vontades e desejos estão sempre em primeiro lugar. Por isso, suas relações de amizade ou amorosas costumam ser superficiais.
Por que é importante ter empatia no trabalho?
Agora que você já conhece as características de um indivíduo não empático, é importante saber por que e como desenvolver empatia no trabalho.
Em matéria publicada pelo TV Nube, Jorge Penillo, palestrante e mentor de liderança e carreira, afirma que a empatia está ganhando cada vez mais destaque no mercado de trabalho.
Para você que quer saber como desenvolver empatia no trabalho, Penilho aconselha: “Faça exercícios para entender as pessoas por meio da comunicação, jeito de agir e comportamento. Assim, torne-se um profissional bem visto pela empresa”.
Como desenvolver empatia?
Se, após entender melhor o que é empatia, quais são os tipos e quais as características de quem tem falta de empatia, você sente que pode aprimorar essa capacidade como pessoa, algumas estratégias podem ajudar. Afinal, não só quanto às relações sociais saudáveis, a empatia pode ajudar e muito no ambiente de trabalho.
Segundo estudo da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, em 2016, o Brasil apareceu na 51ª posição entre os países mais empáticos do mundo, num total de 63 avaliados.
Isso mostra como os brasileiros ainda precisam desenvolver a empatia, além de reforçar a importância de praticarmos essa habilidade em nosso dia a dia, tanto em âmbito profissional quanto pessoal.
Por isso, confira a seguir 5 dicas de como desenvolver empatia e tornar-se um comunicador de sucesso.
1) Mostre-se disponível para histórias
Preste atenção aos detalhes, fale menos e ouça mais. Evite questionar de forma desconfiada, faça perguntas leves que estimulem a pessoa a continuar contando sua história.
2) Pratique a escuta atenta
Se não pode dar a atenção necessária para aquele momento, seja gentil ao comunicar isto. Evite demonstrar pressa, tédio ou cansaço. Mostre que tem interesse em ouvir e estará disponível em um outro momento.
3) Demonstre confiança
Expresse com sinceridade suas opiniões, mas não de modo grosseiro. Mostre para o outro que você é confiável, que conversar com você é habitar um espaço seguro.
4) Use a sua linguagem corporal
Como desenvolver empatia através de linguagem não verbal? Mantenha uma postura altiva e corresponda ao que está ouvindo através de expressões faciais.
5) Reconheça as diferenças
Não minimize a experiência do outro, seja uma dificuldade ou uma conquista, que para você talvez não seja grandiosa. Somos diferentes, vivemos situações diferentes e o modo como as enxergamos são, consequentemente, distintas.