Você sabia que um novo projeto de lei quer tornar a educação financeira obrigatória em todas as etapas da educação básica no Brasil? A proposta foi apresentada recentemente pelo senador Nelsinho Trad no Senado Federal e promete transformar a forma como crianças e adolescentes lidam com o dinheiro desde cedo.
Mas afinal, por que isso é importante? E o que realmente muda se a proposta for aprovada? Essa iniciativa pode impactar diretamente a vida dos futuros estudantes universitários, como você.
O que diz o projeto de lei?
Apresentado no final de abril de 2025, o projeto de lei (PL 1.252/2024) determina que a educação financeira seja um conteúdo obrigatório nas escolas de educação infantil, ensino fundamental e ensino médio. Ou seja, desde os primeiros anos, os alunos aprenderiam sobre temas ligados ao uso consciente do dinheiro e ao planejamento das finanças pessoais.
A proposta ainda está em fase de análise nas comissões temáticas do Senado Federal, mas já levanta um debate importante: o papel da escola na formação da cidadania financeira.
Por que aprender sobre finanças pessoais desde cedo?
A verdade é que falar sobre dinheiro ainda é um tabu em muitas famílias. Muita gente só aprende a lidar com finanças pessoais quando já está enfrentando dívidas ou dificuldades para equilibrar o orçamento. Com a educação financeira nas escolas, os alunos poderão aprender a importância de poupar, como funciona o crédito e os juros, como evitar dívidas e planejar gastos, a diferença entre necessidade e desejo de consumo, assim como montar um orçamento pessoal.
Esses conhecimentos ajudam a desenvolver uma relação mais saudável com o dinheiro e preparam os jovens para decisões importantes que virão no futuro, como escolher um curso superior, pagar uma faculdade, empreender ou até investir.
O impacto da educação financeira na vida universitária
Se você já está na faculdade ou se preparando para entrar, sabe o quanto as decisões financeiras influenciam sua rotina e suas escolhas: mensalidades, alimentação, transporte, cursos extras, intercâmbio… tudo exige planejamento e responsabilidade com o dinheiro.
Agora imagine se esse aprendizado começasse lá atrás, ainda na escola. Provavelmente, muitos estudantes evitariam erros comuns, como o uso exagerado do cartão de crédito, e estariam mais preparados para fazer escolhas com consciência e segurança.
Mais do que ensinar matemática e português, a escola também tem o papel de formar cidadãos preparados para a vida. E entender como o dinheiro funciona faz parte disso. Com a educação financeira como ensino obrigatório, damos um passo importante para promover a cidadania financeira no Brasil.
A proposta ainda precisa passar por várias etapas até virar lei, mas já acende um alerta para escolas, pais e estudantes sobre a importância de falar sobre dinheiro com naturalidade — e com responsabilidade, acima de tudo.