Em paralelo ao ditado popular que diz que prevenir é melhor do que remediar, a Medicina Preventiva atua, como o próprio nome sugere, na saúde preventiva.
Para entender a importância dessa área, um estudo realizado pela OMS (Organização Mundial de Saúde) mostrou que 60% dos casos de cegueira poderiam ser evitados com a ajuda da Medicina Preventiva.
Inclusive, a Medicina Preventiva também tem grande responsabilidade no aumento constante da longevidade da população, aumentando a expectativa de vida do brasileiro para 76 anos.
Continue lendo este conteúdo e saiba por que a Medicina Preventiva é essencial para a manutenção da saúde humana.
O que é Medicina Preventiva e qual sua importância?
A Medicina Preventiva foca na prevenção da saúde quanto a doenças, promovendo uma melhor qualidade de vida ao paciente. O foco é adiar ou até mesmo evitar possíveis problemas de saúde, sendo um importantíssimo instrumento para a saúde pública.
Por exemplo, cada vez mais pessoas buscam tratamentos para retardar os efeitos do envelhecimento, bem como buscam melhorar seus hábitos para viverem com mais conforto, sem as limitações que o tempo impõe ao corpo.
Outro exemplo de atuação da saúde preventiva são os checkups de rotina. Neles o médico pede diversos exames para conferir o estado de saúde do paciente. Assim, o médico consegue acompanhá-lo e, se necessário, intervir para minimizar riscos futuros.
A partir dessa atuação antecipada, a Medicina Preventiva possibilita a redução de gastos, tanto para o paciente quanto para os sistemas de saúde; proporciona uma melhor qualidade de vida à população; evita superlotação em unidades de saúde e garante o bem-estar coletivo.
Quais são os níveis de prevenção da saúde na Medicina Preventiva?
Para alcançar os resultados desejados, a Medicina Preventiva utiliza um processo estratégico que conta com três etapas de prevenção da saúde. São elas:
Prevenção primária
Tem como objetivo evitar e inibir fatores de risco antes que eles se manifestem e causem danos ao organismo. Para isso, essa etapa se divide em dois níveis, sendo o primeiro relativo à promoção da saúde.
Esse nível tem o objetivo de promover a qualidade de vida da população em gera. Isso se dá por meio de ações como educação sexual, educação alimentar, incentivo a exercícios físicos regulares, campanhas antitabagistas etc.
Por sua vez, temos como segundo nível a proteção específica, que atua no combate à doenças específicas. Essa atuação se dá por meio de medidas como campanhas de vacinação, quimioprofilaxia, controle de focos de dengue, distribuição de métodos contraceptivos etc.
Prevenção secundária
Enquanto a prevenção primária atua antes da manifestação da doença, a prevenção secundária ocorre quando ela já está em estágio inicial. Seu objetivo é impedir que o quadro clínico piore. Para isso, a prevenção secundária aplica o diagnóstico precoce, que corresponde, por exemplo, aos checkups de rotina já mencionados.
Porém, em casos em que a enfermidade já está instalada e em processo avançado, há a limitação do dano, que tenta reduzir e retardar ao máximo os problemas decorrentes da doença, como grupos de apoio, acesso gratuito e facilitado a serviços de saúde, distribuição de medicamentos etc.
Prevenção terciária
Nessa etapa, a saúde preventiva busca reduzir as complicações de um quadro clínico avançado e completamente instaurado, que muitas vezes deixa sequelas. Assim, é preciso ajudar o paciente a conviver com os efeitos da sua condição de saúde, como ocorre com diabéticos e cardíacos.
Para diminuir o impacto negativo, a prevenção terciária busca reabilitar o paciente, utilizando, por exemplo, a terapia ocupacional.
O que faz um médico especialista em Medicina Preventiva?
Como a Medicina Preventiva está sempre um passo à frente de possíveis doenças, o médico especializado nessa área precisa atuar da mesma forma, fazendo um acompanhamento próximo aos pacientes e antecipando riscos em potencial.
Para isso, o médico especialista em Medicina Preventiva precisa, antes de tudo, atuar como um educador, orientando os pacientes a adotarem hábitos saudáveis e a respeitarem as orientações médicas.
Além disso, esse profissional deve realizar exames contínuos para o diagnóstico e o tratamento precoce, bem como deve rastrear e avaliar os riscos de doenças dominantes. Também deve ter uma visão particular para cada paciente, dando orientações de acordo com as necessidades de cada um, sempre em prol da promoção da saúde.
Qual a relação entre a Medicina Preventiva e a Medicina do Estilo de Vida?
Enquanto a Medicina Preventiva atua na prevenção da saúde quanto a doenças, a Medicina do Estilo de Vida promove a mudança de hábitos para reduzir, tratar e, se possível, reverter quadros de doenças crônicas.
Apesar de ainda não ser uma área oficializada pelo Conselho Federal de Medicina, a Medicina do Estilo de Vida apresenta fortes argumentos e evidências de que, para uma melhor qualidade de vida, é essencial a adoção de hábitos e práticas saudáveis.
Essa área é sustentada por seis pilares: nutrição, exercício físico, sono adequado, controle de ingestão de substâncias tóxicas, controle de estresse e relacionamento saudáveis.
Por exemplo, uma alimentação correta e balanceada evita o consumo exacerbado de alimentos industrializados e gordurosos, que são grandes responsáveis por doenças cardiovasculares. Por sua vez, o sono de qualidade regula a imunidade do corpo, bem como ajuda na memória.
Trabalhando em conjunto, a Medicina Preventiva e a Medicina do Estilo de Vida auxiliam no desenvolvimento do bem-estar coletivo, sendo essenciais para o controle de patologias e distúrbios.
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