Dia da Consciência Negra: 5 livros para se aprofundar na luta antirracista

Tempo estimado de leitura: 5 minutos

O Dia da Consciência Negra, celebrado em 20 de novembro, é muito mais do que uma data no calendário. É um momento crucial para refletir, reconhecer e valorizar a rica herança cultural afro-brasileira, além de promover a conscientização sobre as lutas e desafios enfrentados pela comunidade negra.

Esta data remete à memória de Zumbi dos Palmares, líder do Quilombo dos Palmares e símbolo de resistência contra a escravidão no Brasil. Mais do que apenas homenagear o passado, o Dia da Consciência Negra nos convoca a examinar o presente, avaliando a persistência de desigualdades, discriminação e injustiças que ainda permeiam nossa sociedade.

É uma oportunidade para ampliarmos nosso entendimento sobre as contribuições fundamentais da cultura afro-brasileira em diversas áreas, fortalecendo o combate ao racismo estrutural que persiste em nossa sociedade.

Para auxiliar na compreensão dessa complexa questão histórica, bem como das estruturas de desigualdade, dos diferentes tipos de racismo e das formas de combatê-los, selecionamos 5 livros que contribuem para a sua compreensão desse cenário, assim como aprofundar o seu conhecimento na luta antirracista.

Pequeno Manual Antirracista – Djamila Ribeiro

Na imagem com fundo amarelo temos no centro a autora do livro. Mulher preta usando uma blusa preta com tranças rastafari. No lado direito da imagem o livro.

Imagem: Aqui na Varanda | Google Imagens

O livro propõe uma abordagem clara e acessível sobre o racismo, oferecendo reflexões e ferramentas para enfrentar essa problemática social. Djamila Ribeiro explora conceitos como branquitude, privilégio branco e desconstrói estereótipos que perpetuam a discriminação racial. Além disso, ela destaca a importância do protagonismo negro e do reconhecimento das estruturas que sustentam o racismo no Brasil. A autora busca incentivar uma mudança de mentalidade e promover ações concretas para construir uma sociedade mais justa e igualitária. Por meio da sua linguagem direta e objetiva, o livro torna acessível a discussão sobre o antirracismo.

Não basta não ser racista: Sejamos Antirracistas, de Robin Diangelo

Na imagem, o livro com título e informações em all type sobre uma mesa branca, ao fundo desfocado uma biblioteca.

Imagem: Vai Lendo | Google Imagens

A obra ressalta a importância de que todos os brancos abandonem a ideia de superioridade e, de fato, atuem no combate ao racismo. Robin Diangelo fala da fragilidade branca e da negação do racismo na sociedade. “Cada vez que se nega o racismo, impedimos que ele seja abordado e que nossos preconceitos sejam discutidos”. Em seus estudos, Diangelo catalogou frases, palavras e sentimentos de voluntários que se veem sem qualquer preconceito e demonstrou que, no fundo, ele estava lá.

A proposta do autor é que todos estabeleçam conversas mais honestas e reajam a críticas com educação, tentando se colocar no lugar do outro. De acordo com ele, não basta apenas sustentar visões liberais ou condenar os racistas nas redes sociais. A mudança começa conosco.

Mulheres, raça e classe – Angela Davis

Na imagem, a capa do livro na cor vermelha realça os traços pretos do cabelo e da roupa da autora.

Imagem: Revista Quebrada | Google Imagens

O livro oferece uma análise profunda das opressões enfrentadas por mulheres negras ao longo da história, explorando as interconexões entre raça, gênero e classe social. Angela Davis examina como as mulheres negras foram historicamente marginalizadas não apenas por sua condição de gênero, mas também devido às suas identidades raciais e socioeconômicas. Ela discute a forma como o movimento feminista muitas vezes negligenciou as questões específicas enfrentadas por mulheres negras, destacando a importância de uma abordagem inclusiva na luta por igualdade.

Ao longo da obra, a autora traça a história das mulheres negras desde o período da escravidão até os movimentos feministas contemporâneos, abordando questões como trabalho, sexualidade, violência e participação política.

Amoras – Emicida

Na imagem, está a capa do livro com o nome escrito sob a cabeça ilustrada do escritor.

Imagem: Portal Apex Brasil | Google Imagens

O livro infantojuvenil, escrito pelo rapper brasileiro, narra a história de um pássaro chamado Tico, que encontra uma amizade improvável com uma menina chamada Nina. A narrativa se desenrola através de diálogos entre os dois personagens, revelando reflexões sensíveis sobre identidade, racismo e autoaceitação. Emicida aborda temas como a importância da representatividade, o orgulho da própria identidade e a superação de desafios pessoais. A metáfora das amoras na história simboliza a diversidade e a beleza que pode ser encontrada nas diferenças entre as pessoas.

O Pequeno Príncipe Preto – Rodrigo França

Na imagem, céu azul com o título do livro e o pequeno prínipe negro segurando um regador.

Imagem: Amazon Media | Google Imagens

A obra é uma reinterpretação do clássico “O Pequeno Príncipe” de Antoine de Saint-Exupéry, trazendo uma abordagem contemporânea e uma perspectiva centrada na negritude. A história segue um garoto negro que, assim como o Pequeno Príncipe original, viaja por diferentes planetas, cada um habitado por um personagem singular. Ao longo de sua jornada, o protagonista enfrenta desafios e faz descobertas que o ajudam a compreender a importância da empatia, amizade e aceitação de suas próprias características.

O livro destaca questões relacionadas à identidade racial, representatividade e diversidade, proporcionando uma narrativa sensível e inspiradora. “O Pequeno Príncipe Preto” oferece uma contribuição valiosa para a literatura infantojuvenil ao abordar temas relevantes e promover a reflexão sobre a importância do respeito à diversidade.

Que este Dia da Consciência Negra seja uma oportunidade para aprendermos, crescermos e nos engajarmos na construção de um futuro onde a igualdade e o respeito sejam a base sólida sobre a qual todos possamos prosperar juntos.

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